O ano começa com um cenário promissor para a pecuária bovina no Brasil. Após a alta de 20,8% nos preços da carne em 2024 – a maior dos últimos cinco anos –, o setor vive um momento de valorização que beneficia pecuaristas de diferentes portes. Esse ambiente, impulsionado pela alta demanda interna e pelas exportações recordes, reforça a importância de estratégias que combinem eficiência produtiva e sustentabilidade para consolidar os ganhos em longo prazo.
Jaqueline Casale Pizzolato, diretora comercial da Casale, destaca como o mercado aquecido abre novas oportunidades para os produtores. “A valorização da carne bovina cria condições favoráveis para que pequenos, médios e grandes pecuaristas invistam em tecnologias que potencializem a rentabilidade. Esse é o momento de usar ferramentas modernas para otimizar custos, melhorar a qualidade do rebanho e se preparar para atender tanto o mercado interno quanto às exigências do mercado internacional.”
A redução na oferta de animais no campo, resultado da inversão do ciclo pecuário, foi um dos fatores que contribuíram para a valorização da carne em 2024. Após dois anos de abates elevados, a retenção de fêmeas para reprodução começou a reverter o cenário, trazendo uma nova dinâmica ao mercado.
Paralelamente, o Brasil exportou 2,8 milhões de toneladas de carne bovina em 2024, novo recorde anual de volume de exportação, com um aumento de 25% em relação ao ano anterior, se mantendo como maior player global. Esse cenário beneficia especialmente grandes produtores, que conseguem aproveitar as oportunidades do mercado externo, e também estimula pequenos e médios pecuaristas a aprimorarem seus processos para atender às demandas internas.
Tecnologia e produtividade
A valorização do mercado também cria um ambiente propício para a adoção de inovações tecnológicas. Equipamentos que otimizam o manejo reprodutivo, reduzem desperdícios e melhoram a nutrição do rebanho se tornam aliados importantes para todos os perfis de produtores.